Ampliação do metrô de BH será discutida na próxima semana

Apresentar os projetos de ampliação e de melhorias das linhas do metrô de Belo Horizonte, verificar a situação do seu financiamento e debater com autoridades as perspectivas dessa obra. Em suma, esses são os objetivos da reunião que a Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização realiza nesta segunda-feira (28).Solicitada pelo presidente da comissão, deputado Paulo Lamac (PT), a audiência pública será às 14 h, no Plenarinho I da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O parlamentar afirma que, apesar de vários projetos terem sido anunciados, até hoje não se tem clareza quanto às ações que de fato serão implementadas. “O que nós e a população queremos saber de forma concreta é qual projeto será implementado, quando isso acontecerá e quais recursos serão empregados”, disse ele, inferindo que essa obscuridade no tratamento do tema pode estar encobrindo interesses menores em detrimento do benefício à coletividade.

De acordo com o site da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que administra o serviço de metrô da Capital, há novos projetos de expansão idealizados para esse meio de transporte na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A empresa afirma que estudos dela em parceria com outros órgãos indicam a necessidade de construção de linhas de metrô para atender regiões com corredores rodoviários saturados pelo grande volume de veículos e constantes congestionamentos. “As demandas potenciais desses corredores chegam a cerca de um milhão de passageiros por dia, e as novas linhas passariam a atender regiões hoje carentes de transporte público, como é o caso do Barreiro”, destaca a CBTU.

Linhas 2 e 3 - Ainda segundo a empresa pública, dos cenários analisados, destacam-se os projetos da linha 2, para atender a região do Barreiro; e da linha 3, ligando a Savassi à Pampulha. Outros projetos importantes dizem respeito a ampliação da linha 1 em direção a Betim (RMBH), e ainda a aquisição de novos trens para a frota e modernização do sistema de sinalização e controle de tráfego.

Em janeiro deste ano, a presidenta Dilma Rousseff esteve em Belo Horizonte e anunciou a liberação de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para a construção das linhas 2 e 3 do metrô. Segundo ela, dos R$ 2,55 bilhões liberados para obras de mobilidade em Minas Gerais, R$ 2 bilhões vão para a Prefeitura de Belo Horizonte e o Governo do Estado para a execução das obras do metrô e elaboração de projetos. Na ocasião, o prefeito da Capital, Márcio Lacerda, garantiu que o projeto executivo do metrô ficaria pronto em abril e a licitação seria feita até o meio deste ano.

PPP - Pelos estudos realizados, além dos recursos federais, outros R$ 1,3 bilhão ficarão a cargo do Governo do Estado, das Prefeituras de Belo Horizonte e de Contagem e da iniciativa privada. Após esse aporte, o metrô seria transferido da CBTU para a Metrominas, empresa pública estadual com participação das duas prefeituras. O site dessa empresa informa que ela delegará a administração e operação do metrô à iniciativa privada, por meio de uma parceria público privada (PPP).

Na Assembleia, a ampliação do metrô sempre é tema de discussões tanto no Plenário quanto em comissões. Uma das ações nesse sentido foi a audiência pública que a Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas realizou no ano passado também para debater os projetos de ampliação, já divulgados àquela época e até hoje não concretizados.

ALMG