Segundo o Ministério da Agricultura, o animal infectado foi enviado para abate em 19 de março deste ano por problemas reprodutivos e sem sintomas de distúrbios neurológicos. Como na inspeção post mortem foi detectado que ele estava em decúbito (posição deitada) forçado, foram coletadas amostras para teste. Os resultados mostraram marcação priônica, indicativo de que o animal tinha a doença.
De acordo com a pasta, o próximo passo será enviar as amostras ao laboratório da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em Weybridge, na Inglaterra, para confirmação da suspeita. O ministério informou que também iniciou um processo de investigação epidemiológica em campo.
Segundo a nota, “todas as informações já foram repassadas à OIE, que enalteceu a transparência e a competência brasileira”. O texto informa ainda que haverá mais informações sobre o caso na próxima semana, após o resultado da análise do organismo internacional. Também após a conclusão dos exames, o Brasil deverá notificar oficialmente a OIE e os países compradores de carne sobre a presença de um animal contaminado no rebanho.
No ano passado, após a confirmação de um caso de doença da vaca louca em um animal morto em 2010 em Sertanópolis (PR), vários países suspenderam a compra da carne brasileira, embora também se tratasse de EEB atípica. A OIE não alterou a classificação de risco do Brasil para a doença, que continua insignificante. Os países que deixaram de comprar carne foram o Japão, a China, o Peru, o Líbano, a Coreia do Sul, a Arábia Saudita, a África do Sul, Taiwan, a Jordânia e o Chile.
Agência Brasil
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